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Coleções de ideias | Idea collections

Revista Conexão Literatura nº 67

Revista Conexão Literatura: Lançamento da Editora Ideário

Revista Conexão Literatura nº 67

“Entendo que uma pessoa que decide dedicar algumas boas horas numa leitura, precisa sentir-se parte do que estou trazendo para ela. Quero levá-la comigo naquela jornada. Preciso sentir que consegui isso para eu ficar satisfeito com o resultado. Um bom texto precisa ter essência, alma verdadeira!”

Marcus Garcia de Almeida

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Marcus Garcia de Almeida: Marcus Garcia de Almeida: Na adolescência eu escrevia pequenos poemas, alguns contos e pensamentos. Coisa de jovem tímido naquela época. Aos 17 anos pisei pela primeira vez em uma sala de aula como professor. Naquela época, em 1983, recém ingresso na faculdade de tecnologia da informação, energia no corpo, sonhos na cabeça. Desde aquele momento, apesar das muitas dúvidas inerentes à pouca maturidade, uma certeza eu tinha: ser professor e estar na docência deveria ser uma de minhas atuações profissionais. Em 1988 coloquei na cabeça que precisava publicar algo, “um livro”, eu pensava. Internet não havia. Contato com editoras e editores só por correio (carta escrita, com envelope, selo e tudo mais) ou telefone. Foram dez anos de cartas e mais cartas (foram centenas) enviadas com os originais para editoras, buscando alguém que apostasse em meu projeto. Ah, nada era impresso ou editado em computador, mas datilografado e depois “xerocado”. As respostas que voltavam das editoras, além de demorarem meses, eram sempre muito parecidas: “…agradecemos seu interesse e confiança em nossa editora, mas…”. Se naquela época houvesse Control + C, Control + V eu certamente diria que as respostas eram assim redigidas, uma como cópia da outra. Em 1999 uma jovem Editora do Rio de Janeiro, a BRASPORT, confiou e aceitou minha proposta. Um professor, já não tão jovem, então com 33 anos, que queria publicar não apenas seu primeiro livro. Na verdade, seria uma série com seis livros, projeto de sucesso! De lá para cá, já lá se vão 22 anos de trabalho editorial. São vários livros publicados, mais de 20 só de minha autoria além das diversas obras que organizei, e agora tenho meu próprio selo editorial, a IDEÁRIO (www.idearios.com.br). Há duas certezas que tenho firme na cabeça. A primeira é que “conhecimento não ocupa espaço” e a segunda, que “tudo que aprendemos não nos pertence, mas sim, ao mundo, portanto deve ser compartilhado!”.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Acha que sou idiota? (Do You Think I’m Stupid: A Chronicle of the Corporate World)”. Poderia comentar?

Marcus Garcia de Almeida: A primeira vez que pensei em escrever algo assim, foi há cerca de dez anos. Sempre fui muito observador. Devido minha atuação em consultoria empresarial, tive (e tenho) a oportunidade de conviver em organizações empresariais de todos os tipos, portes, categorias, nacionais, multinacionais, transnacionais e com variados sistemas organizacionais. Em minhas andanças sempre percebi o comportamento das pessoas nas empresas oscilando entre o amor (em alguns casos chegando até a uma espécie de devoção), enquanto outras cultivam verdadeira ojeriza das empresas onde trabalham. Essa dicotomia entre amor e ódio merecia ter uma abordagem minimamente curiosa e sempre pensei que deveria tentar levar isso para meus leitores. Recentemente (ainda esse ano logo que começamos com a onda da pandêmica do Coronavírus, (COVID-19), ainda lá em março/2020 e estando praticamente recluso em meu home-office, comecei a perceber essa dicotomia de forma ainda mais forte. Principalmente durante as muitas reuniões em salas virtuais. Foi então que decidi começar a rascunhar o livro e assim nasceu “Acha que sou idiota? Uma crônica do mundo corporativo.”. Bom sou suspeito, mas ficou uma delícia de história, uma crônica de fato, sobre essa relação de amor e ódio das pessoas com as empresas onde trabalham e entre as próprias pessoas dentro dessas empresas é claro. É minha primeira obra lançada simultaneamente em português e inglês, na verdade também é a primeira obra em inglês. A adaptação requerida para a internacionalização da crônica, preocupando-se com as personagens e as situações corporativas, foi um episódio à parte. Adorei o resultado e estou muito empolgado com o lançamento mundial pela plataforma da Amazon agora em Dezembro. Ela está disponível em Kindle e formato convencional tanto em português quanto em inglês.

Conexão Literatura: Como é o seu processo de criação e qual é o seu principal público-alvo?

Marcus Garcia de Almeida: Como sou bastante observador e detalhista tenho a tendência a ser meticuloso, descritivo, minucioso mesmo. Adoro os detalhes. Nuances, texturas, emoções, sensações e percepções. Entendo que uma pessoa que decide dedicar algumas boas horas numa leitura, precisa sentir-se parte do que estou trazendo para ela. Quero levá-la comigo naquela jornada. Preciso sentir que consegui isso para eu ficar satisfeito com o resultado. Um bom texto precisa ter essência, alma verdadeira! Confesso que “Acho que sou idiota? Uma crônica do mundo corporativo” não é minha primeira incursão pela seara da crônica, mas é a primeira a ser publicada. Tenho alguns outros trabalhos que estão no estágio que chamo de amadurecimento. Volto neles sistematicamente e vou trabalhando, burilando, refinando… as ideias iniciais vão sendo reveladas. Num primeiro momento algumas se parecem com pedras brutas que precisam ser lapidadas para ganharem a beleza desejada. Claro que como toda matéria bruta, algumas tem um substrato que não se revela promissor para mostrar o seu melhor pelo autor. Considero parte do processo de criação. Não sou de desistir fácil de uma pedra bruta. Meus escritos da adolescência, por exemplo, estão lá, amadurecendo. Uma hora eles estarão prontos para ganhar a luz aos olhos de pessoas que adorem ler o inusitado.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Marcus Garcia de Almeida: Claro! Neste trecho a seguir uma das personagens está num dilema ético e precisa tomar uma decisão. Para isso traço aqui um paralelo metafórico bastante curioso.

“Há um momento quando algumas decisões são tomadas em nosso íntimo que nos geram um sentimento de poder ou de empoderamento, ou ambos. É como se você fosse entrar sozinho numa caverna escura e desconhecida numa floresta longe da civilização. Há um misto de medo, insegurança, frio na barriga, pavor… a adrenalina jorra pelas veias e te faz ficar alerta ao máximo e pronto para correr, ou atacar, ou se defender do que quer que possa aparecer… na escuridão. Passado o impacto inicial da transição da claridade para o escuro interior da caverna, logo que seus olhos se acostumam à escuridão; o som também muda. O barulho do vento que farfalhava as folhas das árvores cede espaço para o silêncio e o eco de gotas que descem das estalactites e pingam fazendo poças pelo caminho escuro, o crepitar de insetos e o barulho do seu próprio caminhar ao pisar na terra úmida, se somam a sensação de que há por ali muito mais do que seus sentidos revelam… e então, nesse momento, sua imaginação começa a preencher o vazio de informações com pensamentos de perigos que podem existir ou não, pois tudo está em sua mente. É nesse momento que você tem duas opções: dominar sua mente e sentir-se empoderado para avançar no desconhecido, ou sentir que há um poder além de você que não deve ser enfrentado naquele momento e então você recua.”

Conexão Literatura: Como e quando foi o surgimento da Editora IDEÁRIO?

Marcus Garcia de Almeida: Foi no final de 2015 que a ideia se consolidou mais fortemente. Nos anos que antecederam eu já havia publicado pela Editora BRASPORT (RJ) mais de dez obras. Naqueles anos eu já estava com outros projetos em andamento e um deles que viria a ser a coleção “Pérola Do Dia”. Dado as características peculiares desta nova coleção e depois de conversar e discutir muito com colegas de produção editorial, resolvi que era chegada a hora de apostar num selo editorial próprio que pudesse trabalhar na linha que poucas editoras trilham: Filosofia do Pensamento (Epistemologia), Causalidade e Ser Humano. Os trâmites legais que envolveram ajuste no contrato social da empresa (CNPJ), registro da marca no INPI e obtenção do prefixo editorial na Biblioteca Nacional, foram concluídos no início de 2017 quando já lançamos a primeira obra pelo novo selo: “Fator Leonardo: Ação criativa mais primordial”. Assim nasceu a IDEÁRIO. Em seguida já veio o primeiro volume da coleção “Pérola do Dia: REFLEXÃO”, seguido de “Sustentabilidade Estratégica: Possíveis caminhos” e agora “Acha Que Sou Idiota: Uma Crônica do Mundo Corporativo” e “Do You Think I’m Stupid: A Chronicle of the Corporate World”. Esta última uma english version da sua homônima em português, adaptada para algumas peculiaridades culturais norte americanas.

Conexão Literatura: Poderia comentar sobre a linha editorial que ela segue?

Marcus Garcia de Almeida: Filosofia do Pensamento (Epistemologia), Causalidade e Ser Humano resume a linha editorial da IDEÁRIO. Privilegiamos obras originais que apresentem e discutam de forma integrada a complexidade do ser humano em suas mais variadas dimensões (corpo, mente, alma – conjunto imanente –, espírito – ser não material –, cultura e sociedade); aceitamos receber originais para análise e estamos em estudo para publicação de algumas releituras críticas de obras clássicas em domínio público. Privilegiamos obras que tenham o aspecto humano em sua concepção (cultura e pensamento), pois ainda que uma obra seja de caráter mais técnico, nossa proposta é que o aspecto humano não seja um detalhe, mas a essência.

Conexão Literatura: A editora já tem um planejamento das obras que serão publicadas nos próximos anos?

Marcus Garcia de Almeida: Além da coleção “Pérola do Dia”, programada para cinco volumes cujo primeiro deles (REFLEXÃO), já encontra-se disponível (https://amzn.to/37iH89y) tem o segundo volume (VIDA) previsto para 2021, o terceiro volume (FAMILIAR) para 2022, o quarto volume (TRABALHO) para 2023 e o quinto volume (MORTE) para 2024. Temos também novas crônicas que estão sendo produzidas para 2021/2022; em 2021 deve ser também o primeiro romance histórico de um escritor marroquino; algumas obras na área da Filosofia do Pensamento devem sair também entre 2022/2023.

Conexão Literatura: Como os jovens autores e demais interessados deverão proceder para apresentarem suas obras?

Marcus Garcia de Almeida: Encorajamos que escritoras e escritores diretamente ou através de seus agentes literários ou representantes legais proponham suas obras para nós. O processo é simples. Basta enviar para o e-mail editor@marcusgarcia.com.br um arquivo formato .DOCX identificado com nome completo, endereço e telefone de contato. Nesse arquivo deverão estar:

  1. a) o resumo da obra (máximo de duas páginas ou 900 palavras);
  2. b) o primeiro capítulo e;
  3. c) um texto objetivo com os motivadores do autor(a) para a produção da obra proposta.

A proposta será analisada e caso seja aderente à nossa linha editorial daremos início às tratativas editoriais. A resposta da análise é devolvida em no máximo um mês.

Conexão Literatura: E sobre o desenvolvimento de oficinas de criação (Conto, Romance, Crônica, Ensaio, Teatro)?

Marcus Garcia de Almeida: Bom, este é um trabalho de maestria para o qual sou procurado constantemente. A Maestria Criativa auxilia sobremaneira a elevar o nível da capacidade de escrita através de técnicas e exercícios específicos. Trabalham ainda com o desbloqueio criativo tornando a comunicação escrita mais efetiva no dia a dia profissional além de propiciar muita diversão para a narração de eventos reais ou ficcionais.

São pessoas das mais diversas áreas que têm o desejo (ou a necessidade) de escrever melhor e manifestar de maneira mais eficaz (e eficiente) suas ideias em suas próprias áreas de atuação. Para elas eu ofereço as oficinas de Maestria Criativa. Desenvolvida em formato de EaD com encontros ao vivo via sala virtual pela internet e que atendem aos mais variados estilos que vão dos contos às peças de teatro (algumas inclusive já foram encenadas em teatros aqui de Curitiba).

Todos que desejarem ou precisarem podem solicitar mais informações ao e-mail professor@marcusgarcia.com.br colocando no assunto MAESTRIA CRIATIVA e no texto um resumo breve do que está buscando desenvolver em sua escrita.

Conexão Literatura: Como analisa a questão da leitura no país?

Marcus Garcia de Almeida: O hábito da leitura não é muito cultuado no Brasil e não é por causa do advento das mídias sociais ou da tecnologia digital. É um sinal dos tempos que a sociedade humana está vivendo e se reflete no Brasil e fora dele. No Brasil ano após ano observa-se uma perda constante de leitores. O Instituto Pró-Livro divulgou em 11 de setembro último o resultado da sua pesquisa periódica sobre o tema e os resultados são alarmantes. Perdemos cerca de 5 milhões de leitores nos últimos cinco anos. A pesquisa foi realizada em parceria com o Itaú Cultural em 208 municípios de 26 estados entre outubro de 2019 e janeiro de 2020 e dá conta que metade dos brasileiros têm hábitos de leitura e leem em média 5 livros por ano, o que eu questiono, pois se isso fosse efetivo teríamos mais de 100 milhões de leitores lendo cerca de 500 milhões de livros por ano. Doce sonho, se isso fosse efetivo. Explico: se a PEA (População Economicamente Ativa) no Brasil é de aproximadamente 50% (IBGE, 2019) o que totaliza cerca de 105 milhões de pessoas e é esta parcela da população que efetivamente pode comprar livros, estamos falando de cerca de 50 milhões de pessoas que dizem ler até 5 livros por ano (em média) o que daria 250 milhões de livros, o que eu também duvido. Pois bem, faça você mesmo a seguinte pesquisa. Pergunte para 10 pessoas aleatórias que trabalhem na economia formal (com contrato de trabalho) ou informal, sendo que dessas 10 pessoas 5 devem ser conhecidas por você (incluindo você mesmo) e 5 não conhecidas por você. As perguntas seriam as seguintes: 1ª) quantos livros comprou nos últimos 12 meses; 2º) quantos livros leu integralmente no mesmo período e 3º) qual livro menos gostou e qual mais gostou. Você vai se assustar com o resultado de sua pesquisa pois o percentual de pessoas que não se lembrará nem do título do livro que comprou e diz que leu integralmente será pífio (tenderá a zero). Essa é uma pesquisa interessante de você fazer, pois saberá qual o percentual efetivo de pessoas que leram os livros que disseram ter comprado e/ou lido.

A mudança deste cenário passa pelas escolas da Educação Básica e Superior. A escola cumpre um importante papel na ajuda para o desenvolvimento do hábito da leitura como algo que seja prazeroso e não como uma obrigação. Nós que somos professores fazemos nossa parte e sabemos que para ser prazeroso o livro deve ser sobre algo que gostamos. As famílias podem (na verdade devem) também fazer sua parte incentivando as crianças e os jovens a trocarem as redes sociais por bons momentos de leitura em família.

Conexão Literatura: E sobre a sua motivação para a Editora Ideário e seu futuro?

Marcus Garcia de Almeida: Quero que a Editora Ideário possa se tornar um farol que brilhe cada vez mais intensamente para continuar iluminando os caminhos na mente de nossos leitores, metaforicamente falando.

Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para saberem mais sobre a Editora Ideário?

Marcus Garcia de Almeida: Temos nosso site web www.idearios.com.br (sim, o site é no plural), no qual compartilhamos nossa linha editorial, nosso catálogo, lançamentos, blog, publicações, podcasts e muito mais.

Conexão Literatura: Quais dicas daria para os autores em início de carreira?

Marcus Garcia de Almeida: Não vou repetir aqui o clichê do “seja persistente, não desista, persevere e blá, blá, blá…”, mas prefiro dizer o seguinte. Se o chamamento para compartilhar suas ideias, pensamentos, sentimentos e visões de mundo surgir em seu íntimo, e isso tudo for efetivamente muito forte e realmente autêntico, ou seja, não é algo artificial que você está buscando apenas por um “modismo” ou porque acha que lhe dará fama e essas coisas, então faça o que é preciso: tenha disciplina e escreva, com seu coração, mas tendo sempre sua mente como guia.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir os livros da Editora Ideário e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho como escritor, palestrante, pedagogo e mentor?

Marcus Garcia de Almeida: Os lançamentos estão nas lojas Amazon em todo o mundo ou podem ser acessados pelo site da Editora IDEÁRIO em www.idearios.com.br. No meu site há outros trabalhos que desenvolvo e podem ser conhecidos em www.marcusgarcia.com.br. Especificamente para quem estiver buscando adquirir “Acha que sou idiota? Uma crônica do mundo corporativo” ou quem prefira a versão em inglês “Do You Think I’m Stupid: A Chronicle of the Corporate World”, pode acessar no link: https://bit.ly/3mG32sv e ir direto para a hot site com os links para várias lojas virtuais.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Marcus Garcia de Almeida: Sim, vários. A coleção Pérola Do Dia, por exemplo, planejada em 5 volumes está com o primeiro deles, intitulado REFLEXÃO, disponível e pode ser encontrado pelo link https://bit.ly/3gGerFK. VIDA será o título do segundo volume da coleção e é esperado para o segundo semestre de 2021 e promete muitas emoções. Outro trabalho que está no forno é um romance de base histórica que será um verdadeiro desfile pelos recônditos das ilicitudes da mente humana e cuja trama caminhará por milênios de segredos, mistérios e suspense. Seu autor é o marroquino Abu l-Malika Kamal.

Perguntas rápidas:

Um livro: Spartacus

Um ator ou atriz: Kirk Douglas

Um filme: Matrix, a trilogia

Um hobby: Cultivar plantas ornamentais

Um dia especial: Sempre que um novo livro é publicado. Este é um dia especial, pois uma nova luz começa a brilhar na constelação de possibilidades criada pela mente humana.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Marcus Garcia de Almeida: Nós da Editora Ideário vemos 2021 como uma janela que se abrirá a muitas e novas oportunidades, mas apenas para as pessoas que estiverem bem preparadas não apenas profissionalmente, mas também pessoalmente. A cultura de e para a leitura precisa ser recuperada. Eu sinto muita pena das pessoas que nada ou pouco leem e acham que sabem de tudo, o conhecido efeito Dunning-Kruger. É o que eu chamo de paradoxo da leitura: quanto menos uma pessoa leu, mais ela acha que sabe. Conclamo que as pessoas parem de iludir com os perniciosos memes e Fake News veiculados em linhas de tempo de redes sociais e grupos de mensagens para que possam se concentrar em efetivamente torarem-se seres humanos melhores, o que só pode ser conquistado pela dedicação em seu desenvolvimento pessoal.

As vezes posso ser um pouco duro em minhas palavras e apesar de ser defensor da comunicação não violenta, há fatos que devem ser revelados de uma vez para que a consciência do leitor desperte para o que é relevante ao seu desenvolvimento pessoal. Apesar de tudo isto que eu trouxe aqui, acredito muito que as novas gerações, principalmente as nascidas nas últimas três décadas, precisam mais do que nunca olharem para o tamanho das possibilidades que têm em suas mãos e aproveitem os melhores anos de suas vidas também para ler mais.